Juliana Marques
Uma das novas espécies descoberta pelos cientistas é a água viva Bathykorus boulloni, encontrada a mil metros de profundidade. (Foto: Kevin Raskoff/Montery Peninsula College, Estados Unidos) |
Para a divulgação dos resultados do projeto, os pesquisadores criaram um portal (em inglês) que reúne imagens, textos acadêmicos, catálogos, livros, vídeos, notícias, e até mesmo um poema e uma canção inspirada no censo. A página ganhou também mapas interativos, que exibem informações como ocorrências de espécies, naufrágios, áreas protegidas e rotas migratórias. Com o auxílio de satélites e equipamentos eletrônicos, os cientistas puderam constatar que os oceanos são ainda mais ricos e as espécies são mais interligados do que o esperado. No entanto, eles também alertam que os impactos ambientais também estão sendo mais graves do que o previsto.
Durante o lançamento oficial do portal marinho em Londres, no fim do ano passado, o diretor do censo Jesse Ausubel explicou que a curiosidade em descobrir novas espécies e a importância em se catalogar a diversificada vida marinha foram algumas das motivações para o projeto: “Não pensamos em limites para responder a questão: O que viveu, vive e viverá nos oceanos? Descobrimos criaturas maravilhosas e analisamos seus hábitos, suas características. Também coletamos dados como reduções de populações, influências do clima e da poluição. Agora, o que temos é um material riquíssimo, que auxiliará estudantes e biólogos em suas pesquisas científicas”.
O projeto contou com apoio de fundações e organizações de todo o mundo, e foi financiada pela fundação norte-americana Alfred P. Sloan.