2 de set. de 2010

Cores e sensações no Jardim das Borboletas

Borboletário inaugurado na Fiocruz celebra a biodiversidade e o conhecimento científico

Juliana Marques

Elas são protagonistas de histórias e poemas, deixam os jardins mais coloridos e são responsáveis pela polinização de inúmeras espécies de plantas. As borboletas, insetos que passam por quatro etapas em seu ciclo de vida, são agora a principal atração do Museu da Vida, na Fiocruz e ganharam um espaço especial: um jardim que abriga mais de cinquenta espécimes, de três espécies diferentes.

Ao passear no jardim das borboletas, é possível observar seus hábitos, suas principais características e conhecer algumas curiosidades. Em uma área de 84 m², os insetos pousam em flores e folhas cuidadosamente escolhidas, de acordo com a preferência de cada espécie. Os primeiros exemplares vieram em pupas de Belém do Pará, mas em breve a reprodução poderá ser realizada na própria Fiocruz.

As Dryas Julias alimentam-se de pólen e folha de maracujá (Foto: Juliana Marques)

Tingidas com as mais diferentes tonalidades, as borboletas representam com delicadeza a biodiversidade. Durante a inauguração do Jardim, o presidente da Fiocruz Paulo Gadelha destacou a importância destes animais para a preservação do meio ambiente. “A criação de projetos como este torna ainda mais abrangente a capacidade de estimular o conhecimento. De forma lúdica, a população pode interagir com as borboletas e perceber os pequenos detalhes da natureza”, explicou.  

Crianças do Ensino Fundamental de escolas municipais do Rio de Janeiro foram as primeiras a receber as borboletas recém-chegadas. Os estudantes viram de perto os insetos e participaram de diversas atividades promovidas pelo Museu da Vida, como oficina de contos, dobraduras de origami, pinturas, esculturas de massinha e observaram no microscópio as estruturas celulares do inseto.


Borboleta brancão deposita os ovos na folha da couve (Foto: Juliana Marques)

De acordo com o entomólogo e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Ricardo Lourenço, o Jardim das Borboletas foi pensado para aproximar o público deste animais – e quem sabe – revelar futuros cientistas. “O contato direto com o inseto vivo, observando sua morfologia e hábitos, pode estimular a vocação de futuros naturalistas. Além disso, leva à reflexão sobre como a biodiversidade é importante por si só e para a preservação do equilíbrio ecológico do planeta”, afirmou Lourenço, que também é o idealizador do projeto.


O Jardim das Borboletas

Local: ao lado da Tenda da Ciência do Museu da Vida – campus da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ)
Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30 (com agendamento); no sábado, das 10h às 16h (visita livre)
Entrada gratuita
Mais informações no site www.museudavida.fiocruz.br